Na África, a questão da democracia e do bem-estar social surgem de forma aguda e simultânea. Num contexto de vitalidade democrática para um funcionamento coerente e eficiente, esta seria, portanto, a saída para o autoritarismo e a crise económica. No entanto, a questão da africanização da democracia continua a assombrar as mentes das pessoas hoje. E por um bom motivo! A existência formal em África de textos jurídicos e instituições democráticas não garante a existência de um regime democrático e não costuma gerir e resolver definitivamente tantos problemas relacionados com os conflitos nacionais, regionais e internacionais. O que põe em causa a democracia e levanta o véu um conjunto de práticas antidemocráticas e outras formas de totalitarismo, democracia e a persistência do antagonismo político, para refinar nosso ponto de vista, identificando alguns caminhos para alcançar um regime democrático africano corporificado que chamamos de "democracia africana inculturada".