Esta pesquisa trata da subjetividade masculina na paternidade participativa, buscando captar o sentido dado à paternidade e à masculinidade por homens que vivenciam o cuidado cotidiano dos filhos. Para isso, situa as temáticas da paternidade e da masculinidade tanto em relação às categorias de gênero e patriarcado, quanto em torno das atuais discussões sobre os "novos pais" e a "crise da masculinidade" contemporânea. Como resultado, percebe-se que os pais cuidadores vivenciam a paternidade com especial intensidade emotiva, demonstrando uma disposição contrária ao estereótipo masculino, que pressupõe sobretudo o autocontrole das emoções. Constata-se que a paternidade participativa implica na reativação dos sentimentos de dependência oral do desenvolvimento humano, que se expressam pela capacidade de cuidar e de se envolver numa relação de intimidade, comumente negados na experiência masculina. As contradições com que esses sujeitos se deparam, no seu viver, enquanto pais e homens,são também indicadas, discutindo-se as múltiplas dimensões e desafios da assim chamada nova paternidade.
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