A paternidade é um dos elementos constitutivos da identidade masculina. O exercício da paternidade, no entanto, comporta influências da cultura local, da história de vida de cada indivíduo e também as relações de gênero presentes em cada sociedade. Ao apresentar este trabalho, a autora resgata como estas questões estão presentes no discurso de homens que acompanham seus filhos durante a internação hospitalar. Seu principal resultado é que os homens atualmente vem se negando a uma paternidade ancorada somente na figura do provedor e demandam uma participação diferenciada na vida das crianças. Entretanto, é nítido o esforço que todos fazem em conciliar esta participação com os privilégios de gênero historicamente conquistados. Trata-se de um estudo fundamental para profissionais que atuam com questões de gênero, cuidado infantil e masculinidades.