A caracterização completa da universidade, na sua função essencial, culmina no desafio dos números a que todas as instituições de massa estão sujeitas, e o de ter êxito na difícil missão da selecção interna, que impõe a sobreposição do gosto pela investigação e a determinação de inovar em todos os campos. Este livro propõe repensar a missão da universidade, confrontando as exigências sociais actuais com as determinações da noção de "fazer universidade", tal como se pensava na altura em que Ricoeur a introduziu na articulação do seu pensamento. A ideia é revisitar o papel e a responsabilidade da universidade na formação dos altos executivos de uma nação, especialmente os executivos africanos. Na era das novas tecnologias e da hiperglobalização, é urgente realçar a utilidade de diversificar os campos do conhecimento para os orientar de acordo com a massa para uma selecção adequada dos temas. A universidade não é um constrangimento, mas só ela nos permitirá praticar um desenvolvimento bastante sustentável. A universidade deve tornar-se uma universidade de acção baseada em necessidades práticas.