Foram efectuados numerosos estudos em psicologia sobre o julgamento social (desejabilidade e utilidade social), mas muito poucos em relação à deficiência. Os únicos estudos efectuados sobre a percepção social das pessoas com deficiência estudam o conjunto das pessoas com deficiência, sem distinguir necessariamente entre homens e mulheres com deficiência. O objectivo dos nossos dois trabalhos de investigação é complementar estes estudos anteriores, fazendo uma distinção entre homens e mulheres com deficiência. Através da nossa investigação, estamos a estudar o julgamento (mecanismos sociocognitivos, enviesamentos perceptivos, julgamento estereotipado ou não estereotipado) dos participantes em relação a um homem versus uma mulher, sem deficiência versus com deficiência, no acesso a cargos de responsabilidade (estudo 1) e na atribuição de cargos de responsabilidade (estudo 2). Os nossos principais resultados mostram que a informação "ser deficiente" ou "deficiência" influencia o julgamento. Como a nossa investigação anterior (2013) também mostra, as mulheres com deficiência e os homens sem deficiência são valorizados em todas as dimensões do julgamento social (utilidade, desejabilidade, competências).
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