Este estudo investigou se a expressão de perdão e, inversamente, a expressão de não perdão promovem um senso de justiça no ofendido após a ocorrência de uma ofensa. O estudo considerou uma amostra de 125 participantes e empregou um desenho experimental 2 (tipo de relacionamento: próximo vs. distante) x 3 (perdão: não perdão explícito vs. perdão explícito vs. controle). O argumento central era que a expressão do perdão poderia abordar preocupações psicológicas simbólicas desencadeadas por uma ofensa e, assim, desempenhar um papel na restauração do senso de justiça da vítima após a ocorrência de uma ofensa. As principais descobertas apóiam esse argumento, mostrando que as vítimas que expressaram perdão aos ofensores relataram maior consenso de valor e poder / status do que as vítimas que não expressaram nada aos ofensores. Valorizar o consenso e o poder / status, por sua vez, aumentaram o senso de justiça da vítima.