A perfuração gástrica neonatal é uma doença rara e grave. Constitui uma urgência cirúrgica neonatal. Estes factos levaram-nos a rever as observações de RN operados por perfuração gástrica no serviço de cirurgia pediátrica do Hospital Universitário Fattouma Bourguiba em Monastir de 1990 a 2019.Foram descritas 15 observações, com predomínio do sexo feminino. Os factores de risco são a prematuridade, a hipotrofia, a ocorrência de sofrimento fetal ou perinatal e anomalias maternas ou obstétricas.Suspeita-se de PG em todos os recém-nascidos que apresentem distensão abdominal, associada ou não a dificuldade respiratória.Um PSA em pé mostra pneumoperitoneu. O tratamento é essencialmente cirúrgico.Foram avançadas várias hipóteses etiopatogénicas: isquémia gástrica, defeito muscular, distensão gástrica e deficiência das células de Cajal.O prognóstico desta patologia continua a ser mau, com uma taxa de mortalidade elevada. A reanimação neonatal pré e pós-operatória desempenha um papel fundamental na gestão desta doença.