Este trabalho analisa a política de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico do Governo de Minas Gerais entre os anos de 2004 e 2015 a partir da perspectiva teórica neo-schumpeteriana de desenvolvimento econômico. Propõe-se uma análise da aderência às ideias neo-schumpeterianas por parte de projetos e atividades constantes do planejamento governamental, os quais foram estudadas através do Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado e do Plano Plurianual de Ação Governamental. Para isso, faz-se uma proposição de três atributos que devem ser observados no planejamento governamental voltado à política de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico, que foram nomeados de institucionalidade, empreendedorismo e transversalidade. É apresentada metodologia para a análise, por meio da constituição do Índice NSCH. Os resultados obtidos são analisados à luz da literatura dedicada ao planejamento governamental no Brasil, revelando problemas como compartimentalização e orçamentarização, percebidos a partir do distanciamento entre o planejamento de longo prazo e as ações que compõem as políticas públicas de desenvolvimento econômico, científico e tecnológico.