"O mítico perpassa boa parte das teorias, esconde-se nas entrelinhas dos diálogos, dos termos utilizados. O mito, por seu lado, aparece com maior clareza e, devido a sua importância, é submetido a uma rigorosa crítica. É preciso ver a crítica aos poetas como uma crítica ao mito, uma vez que estes detêm seu discurso; e ver na crítica ao mito a mais autêntica admiração à essência do míto e do mítico. Seja na tradição mistérica ou na tradição homérica (o que deverá ser estudado aqui), é fato que a essência do mito e do mítico aparecerá nas obras de Platão. E esta, grosso modo, pode ser resumida em um discurso que fala do Homem e do Mundo. Eis o papel do mito e, por extensão, da filosofia e das ciências. Não se partiu do mito à filosofia e à ciência, parte-se constantemente daquele, sempre que se deseja falar sobre o Mundo e o Homem. Eis o que devemos ter sempre em mente ao analisarmos uma crítica ao mito, seja ela direta, seja indireta - isto é, sob a forma de uma afirmação não-mítica -: que se parte constatemente do mito."
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