Os estudos efectuados nos últimos anos demonstraram que os compostos fenólicos não são de modo algum produtos inertes do metabolismo. Nos tecidos vegetais, estão sujeitos a grandes variações quantitativas e qualitativas, testemunhando uma dinâmica bioquímica inegável. Foram avançadas algumas hipóteses que postulam que as plantas utilizam diferentes meios para se defenderem das agressões ambientais de insectos, bactérias, fungos, etc.bolores, etc. Alguns destes meios de defesa consistem em compostos químicos que interagem com o metabolismo do agressor, de modo a que este seja intoxicado e afetado, podendo ser desencorajado de continuar o seu ataque. A acumulação de compostos polifenólicos poderia assim ser considerada como uma resposta não específica a diferentes tipos de agressão. Esta hipótese levou-nos a estudar a correlação entre o teor em polifenóis totais das sementes de duas variedades de feijão seco diferentes na cor e na resistência à infestação por fungos.