Este livro analisa a relação entre política cambial e crescimento econômico nos países em desenvolvimento e emergentes de 1980 a 2008, com ênfase no nível e na volatilidade das taxas de câmbio. Após uma discussão teórica, estas relações foram exploradas empiricamente, comprovando-se uma correlação positiva entre câmbio subvalorizado e crescimento econômico e outra negativa entre volatilidade cambial e crescimento econômico nos países em desenvolvimento e emergentes. Suas conclusões destacam que arranjos cambiais caracterizados por câmbio competitivo e estável representam uma estratégia de política cambial pró-crescimento, ao contrário, câmbio apreciado e volátil enquadra-se em um regime maligno, que desestimula o crescimento econômico. No Brasil, entre 1994-2008, pode-se identificar um arranjo cambial maligno, tendo em vista a tendência à apreciação e à volatilidade demasiada. Diante disso, apontou-se que é preciso reduzir a vulnerabilidade às movimentações na conta capital e financeira no Brasil que, ao mesmo tempo, reduzam a volatilidade excessiva da taxa de câmbio e contribuam a manter uma taxa de câmbio competitiva para fomentar as exportações, os investimentos e o crescimento.