A influência da dívida no desempenho e no valor da empresa permanece ambígua na literatura financeira. É a dívida que impulsiona o processo de criação de valor ou é o valor que impulsiona o nível da dívida? A resposta é complexa e a direcção da causalidade depende da existência (ou não) de informação assimétrica. Se nos colocarmos deliberadamente na situação em que o desempenho e o valor das condições de endividamento, então surge uma segunda ambiguidade. De facto, se a dívida, ou melhor, o seu excesso, é prejudicial para a empresa, por outro lado, pode actuar como um estímulo e um meio de disciplina. O facto revelador de uma situação de crise pode forçar os gestores a empreender acções que teriam procurado evitar noutras circunstâncias. A influência da dívida só pode ser compreendida através das características específicas da empresa e do ambiente em que esta opera. De facto, a escolha de uma dívida óptima dependerá das expectativas dos gestores em relação à situação económica futura.