Desde a década de 1950, a região central do Agreste Pernambucano, no Nordeste do Brasil, se desenvolve a partir do setor de confecções. Esta região, produtiva e comercial, foi estabelecida em torno da produção da Sulanca, sendo sua trajetória marcada, até os dias atuais, pelo caráter informal e precário do trabalho. A região encontra-se potencialmente voltada a produção e comercialização de confecções, utilizando-se de mão de obra em grande medida jovem, com pouca escolaridade e qualificação, que se encontra na informalidade. As condições de trabalho presentes no Pólo de Confecções tem suscitado o debate em torno das políticas de qualificação como uma medida importante de inserção dos jovens no mercado de trabalho. A obra possui um acalorado debate teórico sobre o tema na perspectiva da sociologia do trabalho, amparado por um apanhado histórico sobre as políticas de escolarização no Brasil do início do século XX até a era petista, além de um estudo sobre a reprodução do caráter informal do trabalho, em nível nacional e regional, sobretudo de como se dá a reprodução das formas precárias e informais de trabalho, além dos desafios da inserção na escolaridade e na qualificação.