Este estudo buscou problematizar a caracterização geralmente atribuída às camadas populares como alienadas e passivas, recebedoras de benesses do Estado, de políticos ou de instituições de assistência social. O que relativou-se foi justamente que tais famílias, pertencentes ao estrato popular, se prestam ao clientelismo quando este se lhes apresenta como uma forma de satisfação às necessidades vividas, mas que não está arraigado em sua constituição identitária um padrão passivo e alienado.