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Esta obra apresenta a percepção de fumicultores do município de Dom Feliciano/RS - Brasil, acerca do prazer e do sofrimento que experimentam com o plantio de tabaco. Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa qualitativa, fundamentada no referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho dejouriana. Segundo este referencial é possível compreender o sentido do trabalho na vida das pessoas, conhecendo os fatores de prazer e de sofrimento que elas identificam neste. Os fumicultores revelaram que se sentem explorados pelas empresas fumageiras e desamparados pelo Estado. Percebem que o tabaco…mehr

Produktbeschreibung
Esta obra apresenta a percepção de fumicultores do município de Dom Feliciano/RS - Brasil, acerca do prazer e do sofrimento que experimentam com o plantio de tabaco. Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa qualitativa, fundamentada no referencial teórico da Psicodinâmica do Trabalho dejouriana. Segundo este referencial é possível compreender o sentido do trabalho na vida das pessoas, conhecendo os fatores de prazer e de sofrimento que elas identificam neste. Os fumicultores revelaram que se sentem explorados pelas empresas fumageiras e desamparados pelo Estado. Percebem que o tabaco que produzem é desvalorizado no ato da venda. A rentabilidade do plantio é o principal fator de sofrimento e de prazer no trabalho para estes produtores. Verificou-se que os agravos à saúde mental estão intrinsecamente relacionados à exploração do trabalhador: o elo mais frágil do ciclo produtivo do tabaco na contemporaneidade. Os fumicultores descreveram ter insônia, ansiedade, tristeza e cansaço excessivo (trabalham mais e expõem-se a riscos em demasia com o propósito de produzir mais tabaco e compensar, com quantidade, o injusto valor pago pelo fumo vendido às fumageiras).
Autorenporträt
Psicóloga (PUCRS/2009), Especialista em Segurança do Trabalho (FIJ/2010) e em Gestão de Recursos Humanos (FIJ/2013), Mestre em Psicologia Clínica (UNISINOS/2013). Vínculo empregatício - Psicóloga Estatutária da Prefeitura de Igrejinha/RS (desde 2012 - atualmente lotada no CAPS/Secretaria Municipal de Saúde).