O livro retrata a presença escrava em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, durante o período entre os anos de 1850 e 1870. A partir de 1850, com o fim do tráfico internacional de escravos observa-se que a movimentação de cativos enre as províncias do Império ainda é bastante significativa inserindo-se o Sul do país neste contexto , apesar da historiografia tradicionalmente afirmar o contrário. Partindo de fontes primárias como Inventários post-mortem, cartas de alforria, assentos de batismo, casamento e óbitos, este livro também mostra a existência de laços familiares entre os cativos, as suas lutas pela liberdade através das cartas de alforria e a preocupação em torno da morte. Uma significativa parcela de negros, crioulos e africanos, são encontrados exercendo as mais diversas funções, mesmo após a chegada dos primeiros imigrantes na colônia alemã de São Leopoldo.