O processo orçamental é caracterizado por uma série de críticas. A nível técnico, o orçamento é criticado pelas suas dificuldades em traduzir a estratégia em decisões operacionais, em finalizar e facilitar a orientação da organização. A nível humano, o tema do livro, diz-se que a utilização do orçamento para avaliar o desempenho leva a comportamentos individuais prejudiciais, tais como a falta de orçamento e a manipulação de dados.As diferenças entre "teóricos da agência" e "behavioristas da Escola de Relações Humanas" indicam que a questão só tem sido abordada de um ponto de vista psicossocial, com pouco foco nas pessoas operacionais.Dois objetivos, portanto, caracterizam este trabalho. A primeira é determinar o processo cognitivo pelo qual a avaliação orçamental influencia a propensão para o relaxamento e a intenção de manipular os dados através das teorias da acção fundamentada, do comportamento planeado e do modelo de aceitação da tecnologia. A segunda é analisar, através do intercâmbio social, o papel do envolvimento organizacional nas ligações directas e indirectas entre pressão orçamental, folga e intenção de manipulação de dados.