Atualmente há muitos coreógrafos que veem a dança folclórica não somente como uma tradição transitória, mas também como uma forma de arte. Considerando isso, pretende-se com este estudo fazer algumas reflexões sobre o folclore, cultura popular e as danças parafolclóricas brasileiras nos dias de hoje. Entende-se por cultura popular de acordo com a FUNARTE toda e qualquer manifestação artístico-cultural produzida, fruída, preservada e transformada pelos grupos sociais formadores da nação brasileira. Neste sentido, este livro busca apresentar uma descrição de como os grupos de danças parafolclóricas do Brasil na atualidade desenvolvem seu processo coreográfico. Constatou-se que os trabalhos coreográficos oscilam entre a resistência e a aceitação. Resistências por parte de pessoas que não veem a dança folclórica como uma forma de arte e passível a intervenções externas. E aceitação por parte de coreógrafos curiosos, de bailarinos que gostam de experimentar novas possibilidades, onde contradições, rupturas e novas tentativas são elementos aceitos e fundamentais no processo criativo. Coreografia, memória e pesquisa são pontos marcantes nestes grupos.