Políticas e práticas educacionais focadas na inclusão das pessoas com deficiência têm contribuído para combater a segregação de um grupo que historicamente veio sendo atendido em espaços restritos da sociedade. No entanto, precisamos estar atentos ao que produzimos quando nomeamos, no interior de uma instituição escolar, os "alunos da inclusão", ao risco de contribuirmos para a manutenção de práticas excludentes à medida que colocamos esse sujeito no lugar do ¿diferente¿, do outro, em contraposição ao nós que seríamos os pertencentes ao grupo da normalidade. Neste trabalho, a inclusão é entendida como processo permanente de combate às exclusões, sejam elas mais ou menos evidentes, e não como um estado final ao qual se pretenda chegar. Considerando que a exclusão é processo sócio-histórico, e portanto, objetivo, gerador de desigualdades, mas também subjetivo, a autora procura tratar o conceito de inclusão sob esses dois aspectos e voltar seu olhar para o campo empírico tendo por base autores que o compreendem em seu nível meso, o das instituições escolares.