As zonas rurais da África Subsariana estão a evoluir num ambiente global que atravessa múltiplas crises. Estas estão ligadas à variabilidade climática, à desflorestação, à pressão migratória, ao empobrecimento dos solos, às crises políticas, económicas, sociais e fundiárias, à depreciação dos preços dos produtos agrícolas e à desvinculação dos Estados da produção agrícola, marcada pelo aparecimento de novos actores (ONG). Neste contexto de grande mutação, os agricultores multiplicam as medidas de adaptação. Com base numa investigação realizada na região dos planaltos do sudoeste do Togo, que foi durante muito tempo considerada a principal zona de produção alimentar, de culturas de exportação e de migração, este livro analisa no seu primeiro capítulo os factores ligados à degradação do ambiente natural. No segundo capítulo, é examinada a dinâmica dos sistemas agrícolas dos vales interiores como medida de adaptação. A fraca rentabilidade dos vales interiores mostra que a sua exploração é dificultada por condicionalismos técnicos e sociais que exigem a criação de estruturas de gestão adequadas.