A pesquisa desse livro partiu de um artigo, publicado por Dario Vellozo, Proesas da moderna Alchimia, na Revista do Club Coritibano, em 1913. Nele, Vellozo menciona a descoberta da radioatividade pela cientista polonesa Marie Curie e acredita que a mesma, juntamente com seu marido, descobriu a pedra filosofal. "Está realizado o velho sonho da alchimia: transmutar a materia vil em materia nobre.(...) De ha tempos que o professor Bordas se preoccupava com uma observação dos esposos Curie. (...) Assim, a pedra philosophal, cuja rebusca foi, até ao seculo XVIII, considerada um crime, essa varinha magica em que o seculo XIX ja não acreditava, o francez Curie a descobrio e o francez Bordas lhe provou o seo real valor". Thomas Kuhn já mostrou que os paradigmas de ciência são mutáveis e obedecem ao estilo de pensamento de cada época. O objetivo da obra foi entender as origens místicas da ciência e sua relação com os novos paradigmas científicos estabelecidos pelos homens da virada do século. Ciência, magia e alquimia não eram pensados separadamente, embora o atual paradigma de ciência renegue a importância desse passado místico para a construção do pensamento científico contemporâneo.