De uma forma generalizada, o envelhecimento vem sendo tratado como um estado classificado de terceira idade ou quarta idade. No entanto, não poderá ser considerado um estado, mas sim um desgaste progressivo e diferencial, afetando a todos os seres vivos. Com o avanço da idade, o tempo de permanência e o uso da habitação tornam-se mais intensos, mas sem, contudo, se privarem do convívio social ao qual estão habituados, necessitando, por isso, de ambientes que sejam seguros, possibilitando o exercício do controlo pessoal. As habitações, nos moldes em que tradicionalmente são concebidas, não contemplam as alterações biológicas ocorridas durante o ciclo de vida do ser humano, gerando conflitos na inter-relação com o ambiente construído. Torna-se importante ter-se uma visão abrangente sobre o envelhecimento que inclui os aspetos biológicos (sono, vigília, saúde); visuais e cinestésico (reconhecimento e interpretação do espaço e dos seus objetos; movimentação no espaço); e a perceção ea psicologia (abordando o significado do lar, serenidade e segurança), sendo que se deve considerar a luz - natural e artificial, para além da relação pessoa e o ambiente vivenciado.