A proteómica, que é o estudo de todo o conjunto de proteínas expressas por uma célula, tecido ou organismo, tem aplicações significativas no domínio da investigação da esquistossomose. A esquistossomose é transmitida através do contacto com água doce contaminada com as larvas (cercárias) dos parasitas Schistosoma. As infecções crónicas podem levar a complicações graves, como fibrose hepática, disfunção da bexiga e um risco acrescido de desenvolver esquistossomose hepatoesplénica ou esquistossomose urogenital. A esquistossomose continua a ser um grande problema de saúde pública, necessitando de abordagens inovadoras para o diagnóstico, tratamento e controlo. As técnicas proteómicas surgiram como ferramentas valiosas para compreender os mecanismos moleculares subjacentes à biologia do esquistossoma e às interações hospedeiro-parasita. Este relatório apresenta uma panorâmica abrangente das aplicações proteómicas na investigação da esquistossomose, incluindo a caraterização do proteoma, as interações parasita-hospedeiro, as modificações pós-traducionais e a descoberta de vacinas.