O aumento da criminalidade organizada transfronteiriça é uma realidade que não poupa nenhum Estado no mundo, tanto pelas suas consequências como pela sua rápida expansão. A amplitude da sua expansão exige hoje estratégias sólidas e inclusivas, baseadas em dados factuais e apoiadas em quadros jurídicos internacionais, regionais e estatais. Os esforços são louváveis, mas têm-se mantido circunscritos em torno das principais vítimas do fenómeno da criminalidade organizada transfronteiriça. A comunidade internacional tomou maior consciência do problema, com a adoção da Convenção das Nações Unidas e dos seus Protocolos a marcarem um compromisso de resposta global, mas a população civil foi esquecida. No âmbito do desenvolvimento de estratégias sólidas e inclusivas, deve ser dada igual importância a todas as áreas e categorias que necessitam de proteção em resultado do movimento da criminalidade organizada transfronteiriça.