O diálogo Protágoras coloca frente a frente Sócrates e Protágoras, dois pensadores da Antiguidade apresentados muitas vezes como adversários ideológicos: o primeiro como filósofo e o segundo como sofista. Na tentativa de entender se Platão privilegiaria a postura de um frente ao outro, percebe-se quão engenhoso e meticuloso é o retrato que o escritor dos Diálogos nos apresenta do mais eminente sofista, afinal, mesmo tendo a oportunidade de rebaixar ou falsificar as reflexões do renomado sofista no diálogo que leva o seu nome, é a partir deste mesmo diálogo que se vislumbra a possibilidade de extrair informações mais fidedígnas sobre a vida e obra do sofista. Com a oportunidade, então, de resgatar informações e reflexões do próprio Protágoras, desafortunado pelo destino em relação à perpetuação de suas obras, a obra platônica, mesmo quando submetida a um confronto com outras fontes, mostra-se mais histórica do que poderia-se imaginar. Desse modo, a tradução, as notas e a introdução a seguir miram-se na tentativa de esclarecer a influência da posição de Platão frente ao confronto argumentativo entre um filósofo e um sofista e quão documental e fidedigno um diálogo de Platão pode ser.
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