As práticas ANJE variam consoante a cultura e a região e evoluem ao longo do tempo. Os trabalhos que avaliam a relação com o estado nutricional das crianças têm sido realizados com recurso a pontuações que classificam as boas práticas de ANJE, como o aleitamento materno, a diversidade e a frequência das refeições. O objectivo deste estudo foi analisar os factores associados à prática da alimentação complementar utilizando dados do IDS 2018. Trata-se de um inquérito transversal a 2163 crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 24 meses, residentes em zonas urbanas e rurais, cujos pais foram inquiridos sobre as práticas de alimentação complementar dos seus filhos. A base de dados do DHS 2018 foi utilizada para análise secundária. A prática de diversificação da dieta é um componente da alimentação complementar e foi retida como variável dependente, enquanto as outras variáveis foram consideradas como independentes. Os nossos resultados mostram claramente que uma grande proporção de crianças com menos de 2 anos de idade não tem acesso a um dos indicadores-chave das práticas alimentares, nomeadamente a diversidade alimentar mínima.