Na compreensão de que as práticas de educação transcendem o espaço escolar, que os cidadãos estão em processo constante de reflexão e aprendizagem, se anuncia no espaço formal de educação escolar um vazio de ações socioeducativas. Este vazio vem sendo invadido por instituições e seus projetos sociais que dialogam com a sociedade de uma forma mais dinâmica, mais dialética, mais próxima, permitindo que uma reflexão mais consistente sobre o trabalho social seja um dos passos necessários para que se reflita sobre a educação no campo social. O crescimento dessa oferta é observado nas periferias através da emergência dos projetos socioeducativos que fomentam o desenvolvimento integral de crianças e jovens, seja através das artes, da dança, dos esportes e da assistência social. O Socioeducativo oferece, potencializa, dialoga com uma parte da cidadania vinculada a direitos sociais no seu âmbito maior, ou seja, direito à cultura, a esporte e lazer e à assistência social. É nesse entremeio do fazer diário que se constitui a base desta pesquisa, perguntando quais conhecimentos regem as práticas educativas dos educadores que atuam no campo da educação não escolar.