Discute a relação mãe-filha, diante do surgimento da doença oncológica, através da psicanalítica. Freud teoriza que o psíquico pode ocasionar influência nos processos físicos, é o anímico atingindo o físico. Nas falas das mães surgem impasses em relação ao lugar que a criança ocupava em suas fantasias, antes e depois da doença, a negação da doença das filhas e a dificuldade de elaboração do luto da imagem idealizada de filho construída pela fantasia materna. O filho parece evocar para a mãe a sua infância perdida e o corpo da criança pode ser um meio de expressão do mal-estar familiar. Percebe-se que as mães, ao saberem do diagnóstico de uma doença crônica e fatal, em alguns casos, buscam refugiar-se na negação da doença do filho, construindo um anteparo entre a sua fantasia (filho idealizado) e a realidade (filho doente). É preciso que o luto do filho idealizado seja elaborado, para que a mãe não fique paralisada em sua ferida narcísica e passe a ajudar a filha construir o seu próprio narcisismo, a sua imagem corporal e possa enxergar mais que um filho doente. É preciso localizar o discurso daquele que sofre, bem como as fantasias infantis e maternas, em relação ao adoecer.
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