Este é o resultado do trabalho de campo realizado em uma ocupação indígena no bairro do Maracanã, Rio de Janeiro. Rico local de trocas interétnicas, o Instituto Tamoio dos Povos Originários é uma legítima aldeia de índios urbanos, como os próprios moradores se definem. Pataxós, Fulni-ôs, Apurinãs e Guajajaras dividem este espaço, que já foi sede do antigo Museu do Índio fundado pelo indigenista Darcy Ribeiro. Lá, uma pajé, das etnias Fulni-ô e Cariri-Xocó, coordena uma casa de reza, frequentada pelos mais diferentes grupos sociais da metrópole. Embora a casa de reza tenha uma filiação declaradamente indígena, suas atividades podem ser melhor descritas como mágicas, tema que permeia todo o texto deste livro.