Inserido no contexto nacional de reconhecimento de comunidades negras rurais como remanescentes de quilombos, o presente trabalho busca analisar a forma como a Comunidade Quilombola Onze Negras, localizada no Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana do Recife, vai revisitar o seu passado e construir uma nova memória coletiva a partir do processo de reconhecimento, baseada na importância da narrativa de sua história, entendida como seu patrimônio, que se constitui em ferramenta de legitimação e inserção política e social. A história da comunidade se confunde com a vida de Maria de Fátima Silva, líder comunitária e uma das maiores responsáveis por seu reconhecimento. Sua trajetória, como representativa das demais, permite conhecer o processo de urbanização da região à medida que crescia o Complexo Industrial do Porto de Suape e, sobretudo, ilustra as transformações pelas quais passaram as comunidades negras no contexto das políticas públicas compensatórias.
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