O presente trabalho retrata os efeitos materiais e simbólicos da instalação de indústrias produtoras de ferro-gusa no corredor da Estrada de Ferro Carajás que, desde meados da década de 1990, passaram a usar o carvão de coco babaçu como redutor de minério de ferro, promovendo assim um fenômeno de mercantilização de uma mercadoria que outrora era utilizada mormente para o consumo e reprodução familiar, sendo comercializada episodicamente e em pequena escala por trabalhadores agroextrativistas da Amazônia. Este processo de mercantilização promoveu uma notável desorganização e reorganização do modo de produção tradicional dos extrativistas de coco babaçu do Araguaia-Tocantins, um grupo em sua maioria composto por nordestinos migrantes que acompanharam as frentes de expansão agrícola que se deslocaram à região amazônica, trazendo consigo formas muito específicas de organização social da produção, fundadas em regime de economia doméstica ou familiar agroextrativista.
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