Para muitos, Paulo Freire pode ser um pedagogo desconhecido. Talvez seja também um revolucionário da pedagogia. Para aqueles que não o leram, talvez seja interessante fazê-lo, porque ele dá uma resposta à orfandade pedagógica que sofremos na educação em termos de sensibilidade humana. O tecnicismo e a competitividade estão na ordem do dia, nas escolas, nas universidades, no trabalho, no desporto, na vida familiar, numa palavra, em toda a estrutura social. É muito difícil encontrar uma sensibilidade pedagógica que nos torne mais respeitadores dos saberes de que cada um é portador, seja qual for a sua condição. O saber não é propriedade de ninguém, é para ser descoberto e partilhado. A sabedoria não deve estar à venda, como tantas outras coisas, dirá alguém. Posso dizer que experimentei a ternura do saber com o Professor Paulo Freire.