Este estudo aborda a estrutura de produção das plantações de chá na Índia e sublinha as mudanças que estão a ocorrer desde o processo de liberalização iniciado em 1991. Tem-se registado uma desintegração gradual da estrutura de produção e a subsequente passagem da produção para a comercialização do chá. Neste processo, a mão de obra está a tornar-se informal e temporária por natureza e os efeitos das flutuações do mercado estão a ser gradualmente transferidos para o mercado de trabalho. Os trabalhadores do sector do chá estão a tornar-se produtores de chá independentes, uma vez que o modo tradicional de produção de chá está a ser desintegrado. A rentabilidade das plantações de chá depende intrinsecamente da saúde dos arbustos de chá. As perdas sofridas por algumas plantações de chá nos últimos tempos devem-se principalmente à má gestão das actividades agrícolas e à maximização do lucro a curto prazo por parte da gestão. No entanto, a adversidade resultante é transferida para a classe trabalhadora. O estudo baseia-se em dados primários pormenorizados recolhidos em trinta propriedades de chá e em alguns pequenos produtores e fábricas de folhas compradas. A narrativa dominante é a desintegração da estrutura de produção na era da globalização.