Nas últimas décadas, sucessivas reformas educacionais têm sido implementadas em diversos países, quase sempre com a justificativa de adaptar a educação escolar à sociedade do conhecimento. Com base nos documentos do Ministério da Educação (Brasil) e do Ministério de Educación y Ciencia (Espanha), este livro analisa as reformas realizadas nesses dois países desde a abertura política - que tem como marco as constituições de 1988 e 1978, respectivamente - até 2006. Tais reformas são analisadas do ponto de vista estrutural - ensino médio - e curricular - geografia -, buscando apontar suas justificativas e os conflitos políticos e ideológicos envolvidos. Também são discutidas as questões epistemológicas subjacentes à sua modalidade curricular. Para tanto, é necessário esclarecer os conceitos de sociedade do conhecimento, reforma educacional, currículo, conhecimentos, competências e ideologia, além de conceitos e categorias da geografia, desvendando as divergências teórico-metodológicas existentes nesse campo disciplinar. Tal análise deve ser útil para professores e pesquisadores interessados em conhecer as reformas educacionais no Brasil em comparação com outros países, como a Espanha.