No final do século XIX e durante todo o século XX, foram aprovadas medidas legislativas que moldaram a organização, a estrutura e a reforma da educação peruana; embora isso significasse que os sectores mais pobres da população obtiveram educação gratuita e obrigatória nos níveis elementares, esta reorganização não reflectiu nem salvaguardou a equidade educacional e a igualdade entre homens e mulheres.Enquanto em 1822 foi criada a primeira escola normal para rapazes, com um currículo padrão, que deveria permitir aos homens peruanos desenvolverem-se de forma crítica e autónoma, em 1825 foi aberto um ginásio, que não era mais do que uma escola para mulheres, onde "educar é rezar e ensinar é pregar" (Encinas, 1986). (Encinas, 1986). Este cenário educativo, pouco animador, não foi alheio às mulheres de Puno; por isso, isto leva-nos a perguntar: Quais foram as conquistas educativas obtidas na organização e reforma da educação formal das mulheres de Puno e como é que esta se repercutiu nelas desde o seu acesso, entre 1850 e 1941?