Ao longo do processo de desenvolvimento urbano das últimas sete décadas em Teerão, a capital do Irão, desenvolveram-se muitos bairros autogeridos em que a maioria dos residentes são famílias com baixos rendimentos. Por um lado, o principal atributo espacial destes bairros desfavorecidos é o isolamento espacial das zonas circundantes mais ricas, que é acompanhado de infra-estruturas urbanas inadequadas e de uma falta de acessibilidade e permeabilidade. Por outro lado, a Organização para a Revitalização da Cidade de Teerão - o sector governamental responsável pelas zonas desfavorecidas - é incapaz de levar a cabo regenerações urbanas sem o investimento do sector privado e procura métodos para criar "zonas de estímulo socioeconómico" para atrair a participação do sector privado nos programas de regeneração. Este livro sugere que, para desenvolver programas de reabilitação viáveis, que possam ir ao encontro dos interesses da população e do governo, e libertar a área desfavorecida do isolamento, tanto espacial como socioeconómico, os planos de reabilitação devem centrar-se no desenvolvimento de espaços públicos abertos como "zonas de estímulo socioeconómico".