Desde a segunda metade do século XX, uma série de mudanças ocorreu no que se refere aos relacionamentos interpessoais, afetivos e familiares. A mulher assumiu novos papeis sociais ao ser engajada definitivamente no mercado de trabalho, respondendo às crescentes demandas de produtividade e consumo preconizadas pelo sistema capitalista. O homem, por sua vez, vem sendo requisitado a expandir seu papel junto à família, para além do provedor, assumindo diretamente a educação dos filhos, ao lado da mulher. Homens e mulheres estão diante de profundas alterações nos parâmetros de conduta que nortearam suas relações até então. Já não existem padrões pré-estabelecidos que definam os papeis sociais de cada um dos gêneros. Assim, a organização familiar tradicional vem passando por visíveis transformações e novos modelos de relacionamento tornaram-se possíveis, a partir do divórcio e da maior aceitação dos casamentos homoafetivos. Esse trabalho é o resultado de uma pesquisa exploratória com homens de diferentes idades, estados civis e níveis econômicos, cujo objetivo principal foi compreender suas expectativas sobre as parceiras nos relacionamentos afetivos na contemporaneidade.