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Embora as discussões sobre o género tenham aumentado nos estudos sobre corrupção desde o início do século XXI, esta questão - ao contrário de outros domínios da corrupção - não conseguiu atrair muita atenção. A maioria destes estudos sustenta que, em geral, as mulheres cometem menos corrupção do que os homens, no entanto, não conseguiram encontrar uma razão comum para este facto, e desde a pureza inerente às mulheres até à interferência das instituições democráticas têm sido consideradas como razões para a baixa corrupção entre as mulheres. Esta investigação mostra-nos que estes estudos foram efectuados com base em duas abordagens: "baseada na agência", que tenta compreender o papel que as mulheres podem ter na redução da corrupção, e "baseada na vítima", que pretende compreender os efeitos da corrupção nas mulheres. Embora a adoção da primeira abordagem tenha lançado uma forte sombra sobre as investigações existentes, poucos estudos foram atribuídos à abordagem das mulheres baseada na vítima. Na abordagem baseada na agência, duas tendências conduziram igualmente os estudos. Este livro partilha estas ideias através de uma revisão sistemática dos vários trabalhos sobre género e corrupção e pode ser útil para pessoas e académicos que queiram obter uma informação básica neste campo.