Neste livro, analisa-se a relação entre a religião e a presença de preconceitos nas concepções de doença, sexualidade e idealização da família, no caso de soropositivos para o HIV/AIDS. Nosso objetivo foi entender quais são as repercussões nas representações e nas configurações das famílias em que um dos, ou ambos, cônjuges passam a ser portadores do HIV e que relação há entre essa repercussão e algum possível ideário religioso subjacente às identidade de gênero masculino e feminino, bem como das formas de exercício da sexualidade que tal identidade de gênero comporta. O resultado desta construção é que, associado a uma concepção de sexualidade atrelada a uma determinada concepção de morte e vida, o soropositivo representa um risco iminente, tanto físico quanto moral na sociedade atual. Verificamos uma estreita relação entre a experiência de tal estigma e as formas de enfrentamento da situação de soropositividade no espaço familiar e destacamos a forte presença de preconceitos noque diz respeito a sexualidade. O livro destina-se a leitores estudantes ou não, por enfrentar questões que são pertinentes ao cotidiano das pessoas (religião, preconceito, doença, família, sagrado).