A partir da percepção de que não seria possível a manutenção do sistema colonial por muito tempo, a França, segunda maior detentora de possessões coloniais à época, desenvolveu uma estratégia de cessão gradual de liberdades político-administrativas a esses territórios. Além de reduzir os custos da metrópole, tal prática permite o estreitamento das relações com as elites locais, favorecido após a participação de africanos na Assembleia Constituinte Francesa em 1945. Durante a transição à independência, uma série de acordos foi firmada com os Primeiros Ministros das colônias envolvendo, principalmente, os âmbitos de defesa, recursos naturais e manejamento de áreas estratégicas, como comunicações e energia, por exemplo. É interessante notar que boa parte desses acordos encontra-se em vigor. No caso da República Centro Africana, o apoio da França, seja ele direto ou indireto, é determinante tanto na manutenção dos governos quanto na inserção do país no Sistema Internacional.