A insegurança alimentar crónica no ambiente saheliano é o resultado da vulnerabilidade e da precariedade dos sistemas de subsistência dominantes. Afecta particularmente a zona rural, onde se encontra a maior parte da população. Para fazer face a esta situação e fornecer soluções sustentáveis, as estratégias e programas de intervenção centram-se na dinamização do sector agrícola através da modernização e do desenvolvimento dos mercados. Apesar dos numerosos constrangimentos estruturais, a agricultura tem um importante potencial de progresso para ser a locomotiva do crescimento endógeno que beneficia as populações mais desfavorecidas, tanto nas zonas rurais como nas zonas urbanas. No entanto, isto exige uma capitalização efectiva das lições aprendidas e uma pedagogia renovada na promoção do desenvolvimento. Além disso, a complexidade do ambiente operacional e as dinâmicas em evolução exigem uma boa capacidade dos profissionais do desenvolvimento agroalimentar para observar o ambiente e interagir com os actores de base, mas também para refletir criticamente sobre as abordagens e práticas de intervenção geralmente inspiradas pela ortodoxia tecnocrática.