A partir dos anos 1990, a despeito das diversas reformas institucionais que foram introduzidas, a economia brasileira se desacelerou consideravelmente, seja em relação à própria tendência histórica, seja em comparação com outras economias em desenvolvimento. Não somente as taxas de crescimento foram baixas e instáveis, assim como vários indicadores macroeconômicos se deterioraram e/ou ingressaram em uma trajetória preocupante. Merece destaque o investimento, que declinou substancialmente (17,2% do PIB, em média, entre 1990 e 2013); a participação da indústria no PIB, que caiu aos níveis semelhantes aos vigentes na década de 1950 (11% em 2014); e a pauta exportadora, que tendeu à reprimarização, num contexto de estagnação da produtividade e de piora da inserção externa. Esta obra realiza, neste sentido, um esforço de investigação e compreensão acerca das causas relevantes dessa desaceleração, a partir de uma perspectiva ampla e centrada nos principais fundamentos - teóricos e empíricos - do crescimento, à luz das mudanças institucionais ocorridas na economia brasileira e mundial nas últimas décadas.