Órgãos genitais femininos: morfofuncionalidade e influência ambiental
Lobo-marinho-sul-americano: modelo da evolução sexual feminina
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O Lobo-marinho-sul-americano (A . australis) apresenta particularidades em seu ciclo reprodutivo: intervalo entre partos de 12 meses, sincronização dos partos e cópulas no início do verão, implantação uterina tardia do embrião no inicio do inverno, 4 a 5 meses após a cópula (enquanto que na mulher, por exemplo, este tempo é de uma semana!). Este livro descreve a anatomia, histologia, ultraestrutura e alguns aspectos moleculares dos órgãos genitais femininos do A. australis correlacionando-os com dados ambientais da colônia uruguaia estudada. Os dados são discutidos em relação ...
O Lobo-marinho-sul-americano (A . australis) apresenta particularidades em seu ciclo reprodutivo: intervalo entre partos de 12 meses, sincronização dos partos e cópulas no início do verão, implantação uterina tardia do embrião no inicio do inverno, 4 a 5 meses após a cópula (enquanto que na mulher, por exemplo, este tempo é de uma semana!). Este livro descreve a anatomia, histologia, ultraestrutura e alguns aspectos moleculares dos órgãos genitais femininos do A. australis correlacionando-os com dados ambientais da colônia uruguaia estudada. Os dados são discutidos em relação à ecologia, biologia reprodutiva e em comparação a fêmeas de muitas outras espécies. Charles Darwin em 1859, escreveu que a fêmea adapta-se ao macho dominante; contudo, o presente estudo conclui que a fêmea não só demonstra profunda plasticidade e adaptações evolutivas morfofuncionais em seus órgãos genitais, como interage com e é regida ecofisiológicamente pelo ambiente em que vive. Esta interação e capacidade evolutiva possibilitou a adaptação e sucesso reprodutivo nas espécies. A fêmea, ao contrário do que pode ter se pensado, é a grande guardiã e mantenedora das espécies e especiações.
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