Neste livro, analisamos como Nietzsche emprega os conceitos "saúde" e "doença" para interpretar a questão educacional de sua época, a Alemanha do século XIX. Estes conceitos estão presentes nas críticas que o filósofo dirige aos ideais dominantes na cultura da modernidade, pautados basicamente em objetivos utilitários. Nietzsche considera a educação moderna um processo de ¿domesticaçãö e ¿adoecimentö, pois restringe as capacidades criativas dos educandos para transformá-los em ¿homens-correntes¿ a serviço do mercado, da ciência e do Estado. O filósofo aponta novas formas de pensar a questão educacional direcionado-a para a saúde, para o desenvolvimento integral das potencialidades humanas e para o avanço da cultura. O conceito de saúde em Nietzsche está relacionado à sua compreensão singular de vida enquanto vontade de potência, isto é, a um jogo dinâmico de expansão de forças corporais. Este livro advém de uma dissertação do curso de mestrado em educação defendida na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) no ano de 2012, dirige-se a educadores e demais interessados em filosofia da educação e no pensamento nietzschiano de forma geral.