As transformações do mundo do trabalho, a intensa competitividade por um lugar no mercado, a atuação em instituições públicas de saúde e as relações de trabalho e de hierarquia são fatores que devem ser considerados no processo de desgaste da saúde de trabalhadores da área de saúde mental. A partir da compreensão do trabalhador como sujeito histórico-social, portador de uma identidade socialmente construída que pode ser afetada pelas pressões desencadeadas pelo trabalho, busca-se neste estudo capturar o processo sóciohistórico da constituição das relações sociais de trabalho, sob a égide do sistema capitalista, e sua interface com a saúde, assim como o modo como a área da saúde mental foi se tornando uma política pública. Por último pretende-se interligar esses dois grandes motes: relações sociais de trabalho e a saúde mental enquanto política pública, na intenção de apreender a saúde mental dos trabalhadores de um hospital psiquiátrico.