Este livro examina porquê e como as finanças informais se encaixam no sistema financeiro da Serra Leoa. O tema deste livro surge na sequência de um conjunto de literatura que surgiu no final da década de 1990 relacionada com as economias da África Subsariana (AS) especificamente para o Gana, Nigéria, Malawi e Tanzânia sobre o impacto das reformas de liberalização nos sectores financeiros destas economias. De acordo com a hipótese de repressão financeira, a existência de grandes sectores financeiros informais deve-se à existência de sistemas financeiros repressivos. Ou seja, onde os tetos das taxas de juros estão sendo fixados e o crédito alocado pelo Estado, uma grande proporção da população está sendo excluída da utilização de serviços formais de crédito - incluindo os pobres, micro e pequenos negócios ou, geralmente, setores da população que não têm vínculos com as elites políticas. Como resultado, esta parcela da população não tem outra alternativa senão recorrer a meios informais de acesso ao crédito, como a família, amigos ou fazer parte de clubes informais de poupança e crédito, como as Associações de Poupança e Crédito Rotativo (RoSCAs), grupos Susu ou grupos Osusu, como são conhecidos na Serra Leoa.