"O principal problema das pessoas pobres não é a falta de rendimentos, mas uma vulnerabilidade aos riscos ligados à precariedade" (Floriane Bozzo). A principal função do seguro (reduzir a pobreza) faz-nos pensar na vida das pessoas com rendimentos baixos variáveis que não estão cobertas pelo seguro obrigatório. O que lhes acontece em caso de deficiência ou velhice? Longe de carecerem de uma cultura de risco, estas populações erguem diques de protecção social contra todos os perigos da vida. No entanto, estes métodos informais de seguro deterioram-se à medida que se encontra outras civilizações com uma inclinação individualista. As famílias são destroçadas, as comunidades sofrem crises de confiança, os rendimentos suplementares são esgotados, as poupanças ou empréstimos nem sempre estão à altura da tarefa, e as tontinas são mal geridas. É por isso que as seguradoras de vida têm um grande desafio a enfrentar: o de cobrir uma grande população para uma maior rentabilidade e um posicionamento social afirmado. Uma tal aposta na massificação dos seguros requer inovação.