A Mata Atlântica, hoje somente com 7,5% de sua formação original, possui as maiores áreas contínuas de remanescentes florestais no estado de São Paulo, onde as palmeiras (Arecaceae) representam importante componente de sua biodiversidade. A típica arquitetura das copas das palmeiras as tornam mais facilmente identificáveis por sensoriamento remoto que as demais árvores no dossel florestal. Neste contexto, esta pesquisa teve por finalidade avaliar o potencial do uso de imagens de sensoriamento remoto de alta resolução espacial para a identificação de palmeiras na região de Ubatuba, litoral norte de São Paulo. Uma imagem QuickBird (0,6 m de resolução espacial) de 2007 foi utilizada para a identificação prévia de espécies por interpretação visual, servindo de base tanto para o planejamento de campo como objeto de análise para o processamento digital. Esta abordagem permitiu definir quais espécies de palmeiras são identificáveis na imagem de satélite de alta resolução, definindo o tamanho mínimo mapeável de copa de palmeiras de dossel e quais os atributos morfológicos que melhor descrevem cada espécie e auxiliam na identificação por sensoriamento remoto.