Realizado no Doutoramento em Enfermagem (Universidade de Lisboa com a participação da ESEL) com este estudo respondeu-se à questão "qual é a experiência vivida de ser cuidado por um enfermeiro gestor de caso, da pessoa com problemas de adição a substâncias psicoactivas?¿. A partir de uma compreensão da experiência vivida como foco de atenção da enfermagem suportada no pensamento de Watson e Parse, optou-se por uma abordagem fenomenológica interpretativa. A metodologia inspirou-se nas propostas teórico-metodológicas de Heidegger e de Gadamer. A experiência narrada, eminentemente relacional e vivida em torno da dialética do ¿ligar-se¿ e do ¿desligar-se¿, torna percetível a relação enfermeiro-cliente como um elemento essencial na gestão de caso. Apoiada na utilização terapêutica do self do enfermeiro, a pessoa experiência não só os temas que decorrem do que com ele vive relacionalmente, mas também do que percepciona que aquele lhe proporciona, indiretamente, viver. A experiência "fala" tanto da intervenção do enfermeiro na prestação direta de cuidados, como da sua intervenção indireta, enquanto gestor de caso, na defesa dos interesses e da resolução das necessidades da pessoa adita.