Em sua história ambiental recente, uma pequena constelação de vitórias jurídicas desponta em favor da conservação da Serra do Itapetinga (Atibaia, São Paulo, Brasil). Dentre estas, resplandecem o Tombamento da Serra da Pedra Grande pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT) e a criação das unidades de conservação estaduais do Sistema de Áreas Protegidas do Contínuo Cantareira. Entretanto, de que adiantará este arcabouço legal se não sobrar o que se preservar? Este estudo resulta de um grande esforço de levantamento da estrutura e da composição florística dos campos rupestres existentes nos mais de cem afloramentos graníticos da Serra do Itapetinga. Mais além, ele sistematiza dados de pressão de uso do espaço e busca traçar diretrizes para sua conservação, municiando os atores locais e regionais que lutam para que o Itapetinga não venha a se tornar exclusivamente objeto de apreciação geológica, relegandotoda sua pungência biológica, paisagística e biogeográfica.